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13 de mayo de 2010 | |

A morte ameaça pelas paredes

Religioso lutador pelos direitos humanos é ameaçado de morte através de pichações em Bogotá

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Dias atrás apareceram na capital colombiana pichações com ameaças ao Sacerdote Javier Giraldo, da Comissão Intereclesial Justiça e Paz, depois de que fora criticado pelo governo de Álvaro Uribe por denunciar violações dos direitos humanos em comunidades camponesas.

As ameaças têm a ver com as denúncias que tornaram-se públicas em realação às empresas de palma na região de Bajo Atrato. As denúncias envolvem alguns militares de alto nível que têm cometido violações aos direitos humanos das comunidades, beneficiando os empresários da palma africana.

A trajetória deste sacerdote jesuíta inclui mais de 200 denúncias de violações aos direitos das comunidades indígenas, camponesas e de afro-descendentes em várias regiões de Colômbia.

Em algumas das mensagens ameaçadoras tem frases como “padre marxista”, “Justiça e Paz = morte” e “Javier Giraldo, morre”.

Conforme o religioso, por trás das intimidações poderiam estar pessoas que ele no passado tem denunciado por violação de direitos humanos. “O que vejo é que é um grupo que se sente incômodo pelas denúncias que alguém faz e, também, por ações judiciais que estão acontecendo no momento no país”, disse à emissora Contagio Radio que precisamente funciona como meio de comunicação alternativo da Comissão Intereclesial Justiça e Paz.

O sacerdote também denunciou internacionalmente que no município de Trujillo (Valle del Cauca), a uns 250 quilômetros ao sudeste de Bogotá, de 1986 a 1994, uma aliança de militares, paramilitares e narcotraficantes assassinou seletivamente cerca de 200 pessoas no que ficou conhecida como o “Massacre de Trujillo”.

Apesar das ameaças, Giraldo disse que não vai denunciá-las à Fiscalia porque não acredita na justiça colombiana. “A justiça está muito corrupta. Eu não recorro a este sistema de justiça”, sentenciou.

Ao tornarem-se públicas as ameaças, e sendo registradas pela imprensa colombiana, o vice-presidente Francisco Santos emitiu um comunicado onde retira a responsabilidade do governo em relação a elas.

Giraldo respondeu com uma carta pública ao governante por inação diante das "denúncias sobre a usurpação das terras às comunidades de bajo Atrato cometida por empresários da palma, banana, pecuaristas e madeireiros".

"O Senhor Vice-presidente, em sua carta, não se refere a todos os atentados e ameaças que têm precedido esta campanha difamatória e intimidatória que se expressa nas pichações, como o sequestro, as ameaças e fustigamentos a membros da Comissão de Justiça e Paz acompanhantes das comunidades de bajo Atrato", critica o religioso jesuíta.

Foto: contagioradio.com

(CC) 2010 Radio Mundo Real

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