Essa foi uma das conclusões de um painel sobre Reforma Agrária que terminou na segunda jornada de trabalho do 1º Congresso Nacional dos camponeses e camponesas argentinos do Movimento Nacional Camponês Indígena.

Sendo assim, de alguma forma “a Reforma Agrária já começou” disse Eduardo Bellelli do Movimento Camponês de Córdoba, ao terminar o painel no ginásio do sindicato de confiteiros de Buenos Aires.

Bellelli disse que tem se cumprido e vem sendo cumprida uma etapa fundamental da reforma agrária: a fase de resistência, que antecede a fase de desenvolvimento da economia e a produção camponesa. E mencionou alguns items: tecnologia camponesa e comunicação camponesa. “Quem nos está informando companheiros?”, insistiu Bellelli.
E afirmou que esse processo de construção necessáriamente deverá ser feito “com outros” atores sociais.

Por sua vez, Francisca Rodríguez Huerta, chilena integrante de Anamuri e delegada da Via Campesina no Congresso, lembrou o papel jogado por esta federação mundial no atual processo de globalização da luta e da esperança, realizando propostas e mobilizações nos cinco continentes.
Também fez uma dedicatória a Andrea Sánchez, militante camponesa cordobesa recentemente falecida.

Comentou a participação desta militante nas diversas instâncias internacionais da Vía onde foram instalados conceitos fundamentais como a soberania alimentar, o direito dos camponeses à conservação de suas sementes e riquezas genéticas, entre outros.

“Quero presentear-lhes uma lembrança” disse “Pancha” ao contar estas anedotas sobre Andrea.

Também participaram do painel, Alberto Salas e Ismael Sánchez do MCC e Pablo Aranda de Santiago del Estero (Mocase).