29 de abril de 2013 | Entrevistas | Libertad a los presos de Santa Cruz Barillas | Anti-neoliberalismo | Derechos humanos | Género | Luchadores sociales en riesgo
Nos marcos de uma intensa e longa missão pela Europa, mulheres referentes de organizações ambientalistas e feministas guatemaltecas chegaram até Galicia, Espanha onde nesta terça-feira participarão de uma ação de denúncia contra a transnacional Hidralia Energía SA, responsável de violações de direitos humanos em comunidades de Santa Cruz Barillas.
Trata-se da coordenadora de CEIBA-AT Guatemala Natalia Atz e de Paula Irene del Cid Vargas do coletivo feminista “La Cuerda” também do país centro-americano.
Em Galicia, onde estão por estos dias, ambas dirigentes vão manter contatos e reuniões com diversas organizações sociais e políticas divulgando o agir de Hidralia (o Hidro Santa Cruz conforme sua denominação na Guatemala).
Nesta terça-feira, ao completar-se um ano do estado de sitio decretado no município de Santa Cruz Barillas que acabou com um líder assassinado e dezenas de prisões arbitrárias feitas pelos próprios funcionários da empresa, será realizada a ação pública em frente à sede da empresa, embora a atividade continuará durante toda a jornada disse à Rádio Mundo Real, Mariola Mourelo de Feminismo Coruña.
A ação será realizada em uma praça significativa dessa cidade galega que está a escassos metros da sede empresarial. Mariola destacou que a empresa tem uma “história delitiva” em seu próprio país com acusações por tráfico de influências.
O proprietário da Hidralia, Luis Castro Valdivia apareceu na mídia local em 2007 ao ser acusado junto a seu cunhado Ramón Ordás Badía ao ser acusados por uma procuradoria local pelo delito de tráfico de influências relacionado à concessão de parques eólicos e mini-usinas elétricas.
Hidralia Energía SA faz parte da Câmara Oficial Espanhola de Comércio na Guatemala, entidade financiada pelo Ministério de Indústria, Energia e Turismo da Espanha, o que lhe fornece uma posição estratégica de favoritismo por parte das autoridades guatemaltecas.
Mariola destacou a importância de contar com presença latino-americana na Espanha para mostrar a “outra cara” das empresas espanholas. “Precisamos fazer conhecer as situações em ambos lados do Atlântico e aprender uns dos outros para ver como enfrentamos este sistema neoliberal que nos atinge, tanto as pessoas daqui quanto as de outros países”, refletiu Mariola.
“Não somos totalmente alheios, mas é nestes últimos anos, por causa da crise, que se começa a conhecer mais claramente o comportamento das empresas espanholas no mundo”, afirmou a militante feminista galega.
“A resistência comunitária em países da América Latina é um grande exemplo para nós. Temos muito que aprender do sul e já muito pouco para ensinar. A verdade é que para nós é um presente ter as companheiras de Barillas”, concluiu.
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