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21 de Julho de 2011 | | |

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Ausência do governo põe em risco a vida de trabalhadores na Amazônia brasileira

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José Claudio Ribeiro da Silva e María do Espírito Santo eram conhecidos no Estado do Pará por sua militância na luta pela terra e foram assassinados a tiros no fim de maio.

Nos últimos dias, a polícia civil do Pará anunciou que haviam sido detidos três responsáveis por este crime: dois assassinos e um fazendeiro que os teria contratado.

No entanto, os motivos detectados pelos investigadores provocaram entre as organizações sociais da região, uma das mais violentas do país.
Referentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), por exemplo, denunciaram as autoridades policiais pela demora nas prisões e afirmam que existem outros responsáveis por estes assassinatos que já poderiam ter fugido da zona.

Além da identificação dos homicidas, o maior problema no Pará é de que os ataques contra dirigentes não param, e todos aqueles que integram organizações sociais parecem ter sentença de morte .

“Se não há aqui uma intervenção maior do Estado mais trabalhadores vão morrer. E não será porque são assassinados, será de fome”, disse Osmar Cruz Lima ao site Blog da Reforma Agraria, conforme o serviço informativo do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Osmar, justamente, fazia essa advertência no assentamento Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna, onde vivia o casal de militantes assassinados em maio. Os companheiros de José Claudio e María não têm dúvidas: o motivo de suas mortes é a luta que levavam adiante em defesa da floresta amazônica, o que provocou reações de importantes interesses madeireiros.

Foi o que expressaram no dia 10 de julho dois senadores, Randolfe Rodrigues e Vanessa Graziotin, que foram até o acampamento com parte do trabalho de uma comissão parlamentar que investiga os crimes no Pará, conforme o artigo do Blog da Reforma Agraria.

Em outro artigo publicado a meados de junho pelo serviço informativo do MST, também referente às mortes de José Claudio e María, aprofundava-se ainda um pouco mais na responsabilidade dos organismos públicos nestes episódios.

“O Estado é uma espécie de co-autor do crime”, dizia naquele momento o advogado José Batista Afonso, especializado em temáticas relacionadas aos direitos humanos.

Foto: www.mst.org.br

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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