O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.
16 de Março de 2009 | Notícias | Justiça climática e energia
Duração: 2:22 minutos
Baixar: MP3 (1.7 Mb)
Neste sábado 14 de março foi celebrado o Dia Internacional contra as Barragens, e durante toda a semana serão realizadas ações em zonas que sofrem ameaças pela construção de hidrelétricas.
No Brasil e na Bolívia, por exemplo, foram feitas mobilizações para denunciar os impactos que já estão produzindo as obras do complexo hidrelétrico binacional sobre o rio Madeira; no México foram denunciados os danos das barragens de Paso de la Reyna, La Parota e El Zapotillo; e no Chile foram realizadas ações nons marcos da campanha Patagônia sem Barragens.
Falsas soluções à crise energética, destruição de ecossistemas e deslocamentos forçados de comunidades são alguns dos conceitos mais utilizados pelas organizações sociais que se opõem a este modelo.
Uma das situações mais complexas deste fim de semana aconteceu na cidade brasileira de Porto Velho, numa atividade para denunciar os impactos das barragens sobre o Madeira convocada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
Os manifestantes tentaram protestar diante da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), mas foram severamente reprimidos pela Polícia Federal.
Num gesto pouco hospitalar, os policiais detiveram seis ativistas da Bolívia que participavam dos protestos e poucas horas após foram deportados a seu país.
Conforme informação divulgada pela Rede Latino-americana contra Barragens (Redlar), dentre os dirigentes detidos estão Manuel Lima, produtor castanheiro, ex-Secretário Executivo da Federação de Camponeses de Pando e coordenador nesse departamento do Fórum Boliviano de Meio Ambiente (FOBOMADE), e a representante da Federação de Mulheres Camponesas Bartolina Sisa, Doris Domínguez.
Para a coordenação latino-americana contra barragens, estes atos repressivos que não respeitam as fronteiras evidenciam que a luta contra os mega-projetos “também tem que ser sem fronteiras”.
“Os interesses que são defendidos pelo capital são os mesmos em todos os lugares e inclusive costuman ter as mesmas expressões repressivas e ofensivas. A luta dos povos atingidos continua perante a contínua violação dos direitos humanos, em todas as suas formas e em qualquer ocasião que for possível”, acrescenta a Redlar.
Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.