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20 de Setembro de 2012 | | | | | |

Um modelo de injustiça

Atividade no Uruguai: “Avanço das monoculturas: mais poder para as transnacionais”

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REDES – Amigos da Terra Uruguai, ponto focal no país da Rede Contra as Monoculturas de Árvores (RECOMA), e o Programa Uruguai Sustentável realizarão nesta sexta-feira em Montevidéu, capital uruguaia, uma atividade para denunciarem o avanço das monoculturas florestais no país, no âmbito do Dia Internacional de Luta contra as Monoculturas de Árvores.

Assim mesmo, a atividade, que será feita na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade da República, também colocará em foco a monocultura de soja transgênica, outro representante importante dos agronegócios no Uruguai. REDES – AT apresentará um relatório sobre a situação das lutas em nível global contra a transnacional norte-americana Monsanto, dona da soja modificada geneticamente RR plantada no Uruguai.

A denúncia dos ambientalistas contra Monsanto se enquadra na Semana de Ação Global contra essa empresa, que inclui atividades em várias partes do mundo.
No dia 21 de setembro as “organizações, redes e movimentos sociais comemoramos a resistência e alçamos nossas vozes para exigirmos que seja detida a expansão” das monoculturas florestais, informa um comunicado de REDES – AT divulgado ontem. As monoculturas de árvores “atentam contra a soberania de nossos povos, privatizando as águas e os territórios e deslocando as comunidades”.

No Uruguai a área florestada atinge um milhão de hectares e são vários os projetos de construção de fábricas de celulose em numesoso pontos do país, impelidos por grandes empresas transnacionais. Essas corporações, ainda, pressionam para obterem convênios com o Estado uruguaio que garantam o lucro dos seus investimentos.

REDES – AT aponta que são os pequenos produtores do meio rural os que mais sofrem as consequências do modelo das monoculturas de árvores para a indústria de celulose. A organização denuncia a escassez de água em várias zonas florestadas do país e os procedimentos de erosão dos solos. “Soma-se a isso o aumento brutal do preço da terra por causa do estímulo dos agronegócios”, disse o comunicado. “Diante de tantas pressões e dificuldades para produzir, muitas vezes as famílias rurais devem abandonar suas terras, em consequência do processo acelerado de latifundização e estrangeirização da terra”, acrescenta.

A respeito de Monsanto, os ambientalistas assinalam que é a principal propulsora dos cultivos transgênicos e da privatização das sementes em nível mundial, e reiteram sua preocupação pela influência da empresa em organismos públicos de vários países.
A finais de agosto, REDES – AT manifestou publicamente que rejeitava um convênio confidencial assinado entre o Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA, pela sigla em espanhol) e Monsanto. Trata-se de um acordo assinado no dia 16 de maio para que transgenes pertencentes à empresa sejam inclusos no germoplasma de soja local que o instituto controla.

Concretamente, o convênio estipula que seja incorporada tecnologia INTACTA RR2 PRO em até três linhas de soja do programa de melhoramento genético do INIA. Esta tecnologia acrescenta dois transgenes ao genoma da soja: o RR2Y, que contribui para a tolerância da soja ao herbicida glifosato; e o Bt, que dá resistência contra alguns lepidópteros.

“O assunto é que o germoplasma da soja foi desenvolvido durante milhares de anos por agricultores”, mas agora a tecnologia que irá ser aplicada “tem um dono, chama-se Monsanto, e obviamente ele cobra pelo seu uso”, lamentou REDES – AT em um comunicado publicado no dia 31 de agosto. A organização ambientalista alertou sobre uma nova ofensiva de Monsanto na região para privatizar recursos fitogenéticos e receber regalias.

Esse acordo será denunciado novamente na atividade desta sexta-feira, ao REDES – AT apresentar o relatório que trata sobre as crescentes lutas contra Monsanto em numerosos países.

Além de outras apresentações previstas, a atividade incluirá a mostra de um novo trabalho audiovisual de Rádio Mundo Real (Amigos da Terra Internacional) que se focaliza no Dia Internacional da Luta contra as Monoculturas de Árvores. “Ocupação silenciosa” é o título do novo vídeo que será difundido por vários meios de comunicação a partir desta sexta-feira.

Foto: REDES – Amigos da Terra Uruguai

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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