26 de octubre de 2009 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Soberanía Alimentaria
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A Aliança para a Revolução Verde na África (Alliance for Green Revolution in Africa, AGRA), estabelecida em 2006 através das fundações norte-americanas Rockefeller e Bill & Melinda Gates, promove a necessidade de “desenvolvimento” da agricultura nesse continente sob parâmetros ocidentais como forma de superação da fome, a pobreza e a escassez de bens naturais básicos para os países africanos.
Uma nova “revolução verde”, a melhoria no acesso a mercados agrícolas, a pesquisa em sementes e a introdução de novas variedades estão na agenda dos milionários destinados aos pobres…
O encontro da AGRA na Nigéria –país esgotado principalmente em seus recursos de hidrocarbonetos, mas também “escravizado” em sua agricultura devido a acordos de comércio com a União Européia serviu no entanto para que três dezenas de organizações civis desmascarassem as receitas falazes e propossem caminhos políticos para uma dignificação da agricultura camponesa.
O encontro alternativo denominou-se “AGRA, domínio de terras e agricultura não-ecológica” foi realizado de 20 a 23 de outubro na capital nigeriana de Abuja.
A organização que organizou as atividades foi Ação de Dirietos Ambientais [Environmental Rights Action/Friends of the Earth Nigeria (ERA/FoEN)]
Amigos da Terra Internacional através de sua campanha de Soberania Alimentar, junto a dezenas de organizações civis, comunicadores, especialistas em desenvolvimentos e representantes de organismos de direitos de consumidores proporam aos governantes africanos alternativas às falsas soluções que surgem da AGRA.
O diretor executivo da ATI, Nnimmo Bassey afirmou que as propostas da AGRA, bem como as iniciativas sobre transgênicos e agrocombustíveis através dos agronegócios só promovem a destruição dos sistemas agrícolas camponeses tradicionais africanos e a contaminação das sementes crioulas com aquelas obtidas através da engenharia genética.
Conforme o integrante de Ação de Direitos Ambientais, Wale Obayanju o encontro em Abuja também focou sua análise no que chamou de “uma nova forma de colonialismo através do agronegócio” o que tem sido provocado pelas agências multilaterais e as indústrias do mundo capitalista central e que ameaça hábitats, o balance ecológico e ao mesmo tempo promove novos conflitos por bens naturais e territórios.
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