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9 de Julho de 2012 | Notícias | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
Após a incursão das forças uniformadas nos marcos do estado de sitio declarado na região de Santa Cruz Barillas, Guatemala, para reprimir às comunidades que resistiam contra a instalação de uma hidrelétrica, permanecem em caráter de presos políticos uma dezena de pessoas ao tempo que são divulgados os testemunhos sobre a cruenta repressão ordenada pelo presidente Otto Pérez Molina.
A existência dos presos políticos e a exigência de sua liberação e dignidade em presídio foi divulgada na terça-feira 3 de julho por seus familiares e um conjunto de organizações sociais guatemaltecas em coletiva de imprensa.
Nela, contaram como foram presos seus familiares, as consequências emocionais e econômicas que sua prisão tem provocado, além de exigirem sua liberação e a proteção das instituições públicas correspondientes.
Os moradores de Santa Cruz Barillas Diego Juan Sebastián, Andrés León Andrés Juan, Joel Gaspar Mateo, Ventura Juan, Antonio Rogelio Velásquez López, Pedro Vicente Núñez Bautista, Saul Aurelio Méndez Muñoz, Amado Pedro Miguel e Marcos Mateo Miguel foram presos ilegalmente por civis com uniformes militares que cobriam seus rostos com passa-montanhas e pintura de camuflagem no dia 2 de maio, dia seguinte ao assassinato da liderança camponesa Andrés Francisco Miguel.
As detenções estiveram cheias de irregularidades: houve demora em notificar às autoridades judiciais e permanecendo em caráter de desaparecidos por vários dias.
Os familiares exigem que o governo guatemalteco cancele todas as licenças de prospecção e exploração mineradoras, hidrelétricas e de qualquer empresa extrativa que esteja gestionada ou em processo de gestão no território de Santa Cruz Barillas, Huehuetenango.
Em seu comunicado publicado na semana passada, os habitantes de Santa Cruz Barillas dirigem-se “à imprensa e aos que nos ouvem” pedindo que “não se prestem para transformar em verdade uma grande mentira que estão divulgando as transnacionais ao dizer que somos opostos ao desenvolvimento. Nós, mulheres e homens, queremos o desenvolvimento, mas um desenvolvimento respeitoso de nossa visão do mundo e de nossa terra. Essa é nossa palavra”.
Foto: http://ceibaguate.org
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