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23 de Junho de 2009 | |

Polícia Montana

Fustigamento de comunidades que resistem à mineração na Guatemala Policía Montana

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O conflito entre as comunidades maias da Guatemala e as transnacionais mineradoras parece não ter fim. Dias atrás um grupo de organizações sociais da zona ocidental do país denunciaram através de um comunicado o permanente “fustigamento político e militar” que sofrem os opositores da mineração a céu aberto, que há alguns anos está provocando desastres nesta nação centro-americana.

Precisamente responsabilizam guardas de segurança da empresa Montana Exploradora -a maior mineradora de Guatemala, subsidiária da canadense Goldcorp- por irromper de forma violenta na sede da Associação para o Desenvolvimento Integral Sanmiguelense (Adismi), integrada principalmente por camponeses e mini-fundistas.

O episódio aconteceu dia 10 de junho, e os empregados da empresa tentaram “capturar” -uma função que definitivamente não parece corresponder aos guardas privados- a seis mulheres que lideram os protestos na zona.
Segundo organizações guatemaltecas, estas perseguições pretendem “intimidar as lutas pela defesa do território e a mãe natureza, e violentar a vida dos habitantes”.

No comunicado afirmam que Montana já tem sido responsável de violações aos direitos humanos, isso além de que suas práticas extrativas estão provocando a destruição dos recursos naturais só para satisfazer seu “afã de lucro e acumulação de riqueza”.

Apesar da desigualdade deste tipo de conflitos, as advertências das comunidades camponeses têm colocado a questão dos impactos da mineração na agenda pública de Guatemala, e lentamente começam a aparecer reações das autoridades competentes.

O jornal Prensa Libre publicou na semana passada que onze prefeitos municipais do departamento de San Marcos manifestaram seu repúdio ao projeto de Montana Exploradora, afirmando que as royalties que deixa essa atividade não compensa a destruição dos recursos naturais que provoca.

“Nos opomos a qualquer trabalho ou estudo que possa efetuar Montana em nossos municípios, já que o único que tem criado é enfrentamento entre irmãos e enganos, e tem se apoderado dos terrenos da gente humilde”, disse um deles.

Na mesma linha, um líder religioso local, o cardeal Rodolfo Quezada, pediu as autoridades dos ministérios de Ambiente, e de Energia e Minas para introduzir mudanças nas normativas que regulam a administração dos recursos mineradores.

Os parlamentares guatemaltecos estão discutindo uma reforma à Lei de Minas, e os grupos que resistem este tipo de atividades a céu aberto estão pedindo que nessa discussão legislativa sejam levadas em conta a proteção das fontes de água, a contaminação ambiental e a necessidade de que as consultas populares tenham carácter vinculante.

Resistencia de 7 campesinos a la empresa Montana
(CC) 2009 Radio Monde Réel

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