O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.

{mini}Versão para imprimir

English · Español · Português

28 de Novembro de 2011 | | |

Outros modelos possíveis

A Via Campesina mais uma vez na COP de Clima. Começa “Semana da Energia Suja” em Durban

Baixar: MP3 (1.7 Mb)

Mais de 200 integrantes da Via Campesina da África, Europa, América Latina e Caribe estarão presentes na próxima conferência de Clima das Nações Unidas (ONU), na cidade sul-africana de Durban, com a missão de promover a agricultura camponesa e a agroecologia para deter o aquecimento global.

A Via Campesina Internacional destaca que a agricultura industrial, intensiva no consumo de energia, é uma das principais causas da mudança climática. A ciência e os especialistas concordam. “As atividades agrícolas aparecem como responsáveis de 11 a 15 porcento das emissões. Mesmo que este dado já seja grave, apresentá-lo desagregado das emissões da cadeia agroalimentar industrial oculta uma realidade muito pior quanto a sua responsabilidade pela crise climática”, diz Silvia Ribeiro, da organização internacional Grupo de Ação sobre Erosão, Tecnologia e Concentração (ETC).

Em matéria publicada pelo jornal La Jornada do México no dia 14 de agosto do ano passado, a pesquisadora acrescenta: “Se considerarmos juntos a agricultura industrial e o sistema alimentar industrial ao que está necessariamente vinculada, devemos responsabilizá-los por uma parte significativa das emissões dos transportes; outra percentagem por desmatamento e mudança no uso de solo (em avanço de fronteira agrícola e em uso de papel ...), e quase todo o metano emitidos pelos lixões devido à putrefação de lixo orgânico, que em sua maioria são restos de alimentos que são jogados nas cidades”.

Dentro das atividades agrícolas deve-se levar em conta, por exemplo, as emissões das grandes maquinarias usadas para os agronegócios, além de destacar um ponto no especificado pela especialista, a energia que consome a elaboração dos agrotóxicos vinculados diretamente à agricultura industrial.

Por estes motivos é que a Via Campesina Internacional comparecerá à XVII Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que vai de 28 de novembro até 9 de dezembro, a levantar a bandeira da agricultura camponesa, que “pode esfriar o planeta”, como dizem os agricultores.

“Além disso vamos expor as agressivas táticas mundiais do agronegócio, da apropriação da terra que provoca o deslocamento em massa de povos para a produção de monoculturas”, diz um comunicado de imprensa enviado pela rede camponesa antes do início da COP.

Indica também que combate “as falsas alternativas à mudança climática, como os plantios de monoculturas, os mecanismos REDD, os mercados de carbono do solo e a chamada ’Agricultura climaticamente inteligente’”.
Essas medidas “ao invés de solucionar a crise climática, contribuem com o aquecimento do planeta”, destaca o movimento.

Enquanto isso, nesta terça-feira começa em Durban a “Semana da Energia Suja”, onde comunidades locais e organizações sociais nacionais e estrangeiras se reunirão para fortalecer laços de solidariedade, tratar temas energéticos e pressionar para que a COP de Clima não sirva como espaço para promover falsas soluções na matéria.

Esta “semana” que vai até 25 de novembro e cujo lema é: “Desafio aos Gangsters Climáticos”, pretende ser um espaço de reflexão, diálogo, construção de unidade e resistência na luta por transformações, em prol de um uso sustentável e equitativo da energia. As organizações sul-africanas estão muito preocupadas pela matriz energética do país, baseada no carvão e com projetos em andamento para a construção de novas plantas com base nesse recurso. A África do Sul é o maior contaminante do continente.

Alguns dos convocantes da “Semana da Energia Suja” são as organizações Earthlife Africa Johannesburgo, Amigos da Terra Internacional e seu grupo sul-africano groundWork, a Aliança Global Anti Incineração, Greenpeace África, South Durban Community Environmental Alliance e Vaal Environmental Justice Alliance.

Nesta terça-feira a abertura destas jornadas de atividades estará a cargo do presidente da Amigos da Terra Internacional, o nigeriano Nnimmo Bassey.

Foto: http://smartmeme.org

(CC) 2011 Radio Monde Réel

mensagens

Quem é você? (opcional)
A sua mensagem

este formulário aceita atalhos SPIP [->url] {{bold}} {itálico} <quote> <code> e o código HTML <q> <del> <ins>. Para criar parágrafos, deixe linhas vazias.

Fechar

Amigos de la Tierra International

Agencia NP

Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.