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2 de noviembre de 2009 | Noticias | Derechos humanos | Soberanía Alimentaria
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Luis Andrango, presidente da Confederação Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Negras (FENOCIN) do Equador comentou a Rádio Mundo Real os resultados da recente reunião da Via Campesina América do Sul realizada na capital equatoriana Quito.
De 17 a 27 de outubro concentraram-se em Quito mais de uma centena de dirigentes da América Latina, Ásia e África para participar em três instâncias simultâneas.
Uma delas consistiu no chamado ao V Congresso da Confederação Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC), para outubro de 2010, que coincidirá com a quarta Assembléia de Mulheres e o terceiro Encontro de Jovens da Via Campesina da América Latina.
Também foi realizado o encontro de Coordenação da Via Campesina América do Sul onde se analisaram as linhas de mudança política no que diz respeito à reforma agrária e a soberania alimentar na região, destacando-se a crescente repressão contra comunidades de base por forças oficiais ou irregulares.
E ao mesmo tempo reuniu-se a Comissão Internacional da Via Campesina.
A Declaração de Quito sobre Reforma Agrária destaca a denúncia e a exigência do fim da repressão e criminalização dos movimentos camponeses, bem como a investigação dos casos de assassinatos e sequestros cometidos nos últimos tempos. Exige “investigação, captura e julgamento dos responsáveis dos assassinatos de dirigentes camponeses e indígenas”, bem como o “fim da perseguição judicial e liberdade imediata dos presos políticos”.
O dirigente camponês equatoriano avaliou a atual situação do movimento camponês em relação ao governo de Rafael Correa e os casos de repressão a mobilizações registradas últimamente.
“O que é fundamental é que na Constituição do Equador, por conquista das organizações populares, a água é reconhecida como bem público e social. Estamos reafirmando que este preceito constitucional seja incluído na Lei de Águas que está sendo discutida. Muitas de nossas propostas têm sido incorporadas… E estamos, como o Presidente da República tem oferecido, num processo de radicalização do processo de transformação no Equador. Mas para isso é preciso que as organizações camponesas e indígenas comprendamos que as principais transformações não podem ser feitas da via institucional, mas sim que as conquistas se atingem com mobilização, com as pessoas conscientes. Não podemos sacrificar a esperança do povo equatoriano passando-nos para a oposição”, afirmou o camponês Luis Andrango.
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