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15 de Maio de 2012 | Videos | Cúpula dos Povos no Río+20 | Direitos humanos | Soberania alimentar
Nos marcos da assembleia da Amigos da Terra da América Latina e o Caribe (ATALC) que foi realizada na Costa Rica, Rádio Mundo Real entrevistou Natalia Atz de CEIBA - Amigos da Terra Guatemala, uma organização que trabalha com comunidades de base nas quatro regiões desse país.
Entre outros temas, Natalia falou sobre como vêm se trabalhando em matéria de promoção da agroecologia, bem como junto às comunidades atingidas pelos impactos da mudança climática, neste caso através do Movimento de Vítimas, Atingidos e Atingidas pela Mudança Climática (MOVIAC).
“Isto tem uma causa, o importante é determinar quem provoca a mudança climática e quem sofre as consequências”, sintetizou a ativista em um trecho da entrevista.
A integrante de CEIBA - Amigos da Terra Guatemala disse que na cúpula do Rio+20 as organizações tentarão denunciar as consequências negativas das propostas de “economia verde” e outras falsas soluções, e que tentarão colocar na agenda temas como agroecologia, soberania alimentar e os efeitos da Mudança Climática sobre a realidade.
“Existem soluções reais, mas os países que provocaram a mudança climática não as querem assumir”, continuou.
Logo falou do avanço dos mega-projetos e as indústrias extrativas na Guatemala, um fenômeno que começou a acontecer no país após a abertura econômica de 1996, quando foram assinados os acordos de paz. “Há uma luta entre a vida e o negócio. Entre usar a água para cultivo e consumo humano, ou entregá-la às transnacionais, sobretudo europeias, que se apropriam de rios e florestas, e apropriam terras”, refletiu.
Como exemplo falou de que em Santa Cruz Barillas, onde rege um estado de sitio desde o dia 1º de maio, o conflito se iniciou quando as comunidades rejeitaram uma barragem hidrelétrica em uma consulta comunitária. “A empresa não respeita essa decisão e isso provocou que começasse um período muito conflitivo na zona. A comunidade se enfrenta a estas situações por causa dos mega-projetos”, afirmou.
Para ela, nestes dias tem se conhecido fundamentalmente a posição das autoridades, mas nem tanto a versão dos camponeses, que “recém agora estão começando a denunciar o que significa o estado de sitio”.
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