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26 de Maio de 2009 | Notícias | Direitos humanos
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Brasil: organizações pedem liberdade de quatro líderes do movimento anti-barragens
Os moradores pedem planos de desenvolvimento para as comunidades atingidas, construção de estradas, reduzindo as contas elétricas para a população e em alguns casos até o pagamento das prometidas indenizações, que um quarto de século depois continuam sendo uma conta pendente.
Em todo este tempo, os episódios conflitivos têm sido muitos, incluindo a ocupação em maio de 2007, das instalações do complexo hidrelétrico, numa ação conjunta entre a Via Campesina e o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
Agora, o MAB está levando a cabo uma campanha nacional e internacional para pediar à justiça brasileira a imediata liberação de quatro dirigentes camponeses que permanecem em prisão desde no passado 26 de abril, quando também realizavam uma ocupação das obras de eclusa da barragem.
Nesse dia foram detidos 18 militantes do MAB, mas a meados de maio, 14 deles foram liberados, enquanto que os três homens e a mulher que continuam presos são acusados de sequestro e invasão de propriedade privada.
Em algumas ocasiões, os conflitos no nordeste brasileiro têm uma apariência medieval: conforme crônica do Brasil de Fato, depois do desalojamento das eclusas dos policiais fizeram uma espécie de “desfile” pelas ruas de Tucuruí mostrando como “troféu” aos 18 manifestantes detidos, tudo isso antes de levá-los à cidade de Belém, onde logo foram interrogados.
Para o MAB, estas detenções são claramente um caso de perseguição política e têm como objetivo criminalizar os que “lutam pela justiça”.
A barragem de Tucuruí é a maior geradora de energia elétrica do Brasil, e tem se transformado em fornecedora de grandes empresas como a estadunidense Alcoa, a canadense Alcan, a japonesa Nippon Aluminium e a local Vale do Rio Doce.
O MAB denuncia que os subsídios que recebem estes grandes consumidores de energía gerada por Tucuruí acabam fazendo com que as contas por kilowatt/hora que paga o povo brasileiro sejam dez vezes mais caras do que as que pagam as empresas.
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