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29 de Junho de 2010 | | |

Comando Sul & Cia.

Manuel Zelaya fala há um ano de ser deposto do poder

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O ex-presidente fala das causas do golpe que há um ano atrás, o retirou do poder e que abriu uma onda repressiva em Honduras.

“O golpe de Estado em Honduras foi uma resposta violenta, repentina do Comando Sul dos Estados Unidos que se associou com subsidiárias das transnacionais norteamericanas em Honduras para planificar, executar e dar este golpe na democracia com o fim de parar os processos pacíficos e democráticos que estavamos promovendo”.

A síntese é do presidente hondurenho, deposto há um ano atrás, José Manuel Zelaya, que expressou isto perante um público convocado para a reunião do Comitê Regional da Internacional da Educacção, na República Dominicana.

Zelaya está morando nesse país e foi convidado pelo presidente dominicano Leonel Fernández a refletir há um ano do golpe.

“Combater as idéias com as armas significa um retrocesso. Tirar-me da presidência porque eu não compartilhava os critérios sobre o livre comércio falso que eles promovem, a imposição do Consenso de Washington para governar nossos países (…) tudo isso me tornava um sujeito inaceitável”, refletiu Zelaya.

Estes doze meses não passaram sem luta, nem perdas humanas no país centroamericano. Em declarações à cadeia Telesul, o ex-governante indicou que desde o dia 28 de junho de 2009, mais de uma centena de integrantes da resistência popular perderam a vida e cerca de 200 tomaram o caminho do exílio diante da repressão. As vítimas são camponeses, operários, estudantes, afirmou Zelaya.

Arias, o legitimador

Em Costa Rica, a organização COECOCeiba, integrante da Amigos da Terra Internacional emitiu um comunicado saudando a resistência hondurenha e denunciando a opressão a que está submetida sua população.

“Em Honduras aumentou a violação dos Direitos Humanos: todos os dias chegam notícias de prisões, intimidações, desaparicimentos, ataques de grupos armados ou do exército, camponeses e camponesas são despejados de suas terras, líderes da resistência são assassinados”, indica o comunicado.

“Durante o periodo de “diálogo” promovido por Arias, houve assassinatos e desaparicimentos e a gangue de Micheleti saqueou a institucionalidade hondurenha enquanto zombava abertamente do resto do mundo. O prêmio Nobel focou calado diante de toda a violência, mas insistiu que as negociações comerciais com a União Européia tinham que continuar”, afirma COECOCeiba.

Em Honduras, as marchas, vigílias, bloqueios de estradas e outras ações começaram no fim de semana, onde milhares de pessoas exigiram a volta de Zelaya e a convocatória a uma Assembléia Constituinte para transformar o país.

O diretor da Polícia Nacional José Luis Muñoz justificou a ação com a desculpa de preservar a ordem e proteger os bens públicos e privados.

"Em Honduras houve um golpe de Estado e essa ruptura só se reestabelece com uma nova Constituição", disse Carlos Reina, dirigente da Frente Nacional de Resistência Popular, que reúne várias organizações sindicais, indígenas, camponesas e políticos progressistas, em declarações tomadas pela agência Prensa Latina.

Reina considerou terrível a situação um ano depois daqueles acontecimentos e denunciou a continuação da violência e dos assassinatos seletivos.

Foto: Fernando Francia

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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